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Subj: Guerra contra o c¢lera
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Desesperada guerra contra o c¢lera
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Por Mario de Queiroz
Lisboa, 19/08/2005 - Quase um ano depois do £ltimo conflito armado em Guin‚
-Bissau, esse pa¡s da µfrica ocidental est prestes a esgotar suas reservas de
soro e antibi¢ticos, por causa de uma epidemia de c¢lera, que j matou 112
pessoas e infectou outras 6.420, cujas vidas correm risco. Portugal e Fran‡a
foram os primeiros pa¡ses a enviar ajuda para o relativamente barato tratamento
da doen‡a. Um litro de soro custa pouco mais de um d¢lar, e 3,5 litros podem
evitar a morte por desidrata‡Æo. Essa pequena ex-col“nia portuguesa, de 36.125
quil“metros quadrados e 1,2 milhÆo de habitantes, desde sua independˆncia, em
1974, nÆo conseguiu sair da lista dos 24 pa¡ses mais pobres do mundo, com um
produto interno bruto por habitante de US$ 216 ao ano.
Essa prec ria situa‡Æo econ“mica, em grande parte devido a uma s‚rie de
conflitos armados nos £ltimos oito anos, converte Guin‚-Bissau em um pa¡s
extremamente dependente da ajuda internacional, inclusive para combater
enfermidades. O c¢lera surgiu como um foco no final de junho, na regiÆo da
capital, Bissau, se expandiu para sete das nove regiäes do pa¡s, levando o
governo a declarar, esta semana, a situa‡Æo como de epidemia. Em declara‡äes
imprensa portuguesa, em Bissau, a ministra da Sa£de P£blica, Maria Odete
Semedo, considerou a situa‡Æo "bastante grave". Citou dados confirmados pelos
servi‡os de Higiene e Epidemiologia, de seu minist‚rio, segundo os quais, em
algumas aldeias da regiÆo meridional de Quinar , a popula‡Æo est abandonando
suas casas depois da morte de pessoas infectadas.
A debandada come‡ou quando cinco integrantes de uma fam¡lia perderam a vida no
mesmo dia em uma aldeia, levando os sobreviventes a fugirem para a aldeia
vizinha com medo da contamina‡Æo, disseram os funcion rios de Sa£de citados
pela agˆncia portuguesa de not¡cias Lusa. Segundo Semedo, a situa‡Æo "vai de
mal a pior", e por isso lan‡ou um pedido … comunidade internacional para apoiar
a luta contra o c¢lera na Guin‚-Bissau. A ministra se mostrou especialmente
preocupada pelo fato de as pessoas assumirem comportamentos de risco, como
aglomera‡äes em festas e o manuseio de cad veres ou de pessoas contagiadas. As
autoridades sanit rias enfrentam "tremendas dificuldades" para evitar essas
pr ticas enraizadas na popula‡Æo, acrescentou.
Portugal respondeu ao pedido de ajuda enviando 6,5 toneladas de material m‚dico
e medicamentos, seguido da Fran‡a, que contribuiu com 1,5 toneladas de
medicamentos, que chegaram nesta quinta-feira a Bissau. Lisboa tamb‚m est
contribuindo com recursos humanos especializados da organiza‡Æo nÆo
-governamental M‚dicos do Mundo-Portugal, que j estÆo na Guin‚-Bissau
trabalhando com as autoridades nacionais.
Na quarta-feira, a Associa‡Æo de Amizade Portugal-Guin‚-Bissau lan‡ou na
imprensa uma campanha para reunir e enviar rapidamente dinheiro, soro e
antibi¢ticos para as regiäes afetadas, das quais a mais afetada ‚ a capital,
Bissau, pois concentra 80% dos casos. Em ordem decrescente, as regiäes de
Biombo, Quinar , Cacheu e o Arquip‚lago de Bijag¢s, todos no Oceano Atlƒntico,
sÆo os mais atingidos pelo c¢lera, segundo a Dire‡Æo Geral de Sa£de P£blica,
citada pela imprensa portuguesa. At‚ o momento, apenas as regiäes de Bafat e
Gabu, centro e leste do pa¡s, respectivamente, continuam sem registrar casos de
c¢lera.
O c¢lera ‚ uma infec‡Æo intestinal aguda, causada pela ingestÆo de alimentos ou
gua contaminada com a bact‚ria Vibro cholerae. Se caracteriza por um repentino
in¡cio de diarr‚ia l¡quida e em profusÆo, v“mitos ocasionais, desidrata‡Æo
r pida, acidose e colapso circulat¢rio. SÆo comuns os casos leves, em que
ocorre apenas diarr‚ia, particularmente em crian‡as. Nos casos graves que nÆo
sÆo tratados, o doente pode morrer em questÆo de horas, e a mortalidade passa
de 50%. Contudo, com tratamento adequado, as mortes diminuem para menos de 1%.
A falta de soro para hidratar os afetados por diarr‚ias e v“mitos, e as
deficientes condi‡äes sanit rias, fazem com que esta doen‡a acabe em morte
r pida. Em seu grau mais grave, os doentes podem chegar a perder um litro de
l¡quidos por hora e, com a falta de soro, morrem por desidrata‡Æo.
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